sexta-feira, 3 de abril de 2020

DOENÇAS AUTO-IMUNES: como tratá-las?


DOENÇAS AUTOIMUNES. Qual a melhor forma de revertê-las?
Todos já ouviram falar de Lúpus, Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla, Psoríase, Vitiligo, Alopecia... – a lista completa ultrapassaria uma centena de patologias. Saber-se possuidor de uma dessas enfermidades é, para muitas pessoas, quase a sentença de uma morte anunciada. Isto se deve ao fato de que, na visão da maioria dos médicos convencionais, elas são incuráveis. Esta concepção, no entanto, já está ultrapassada. Há renomados médicos pesquisadores da saúde que comprovaram, com base em tratamentos pioneiros de milhares de pacientes, que elas podem ser reversíveis e, inclusive, curáveis.
Há sete meses constatei estar sofrendo de várias delas e, a partir daí, colhendo informações de várias fontes, pude estabelecer um protocolo pessoal de tratamento. O resultado foi muito promissor e, desde o início, todos os sintomas de que eu padecia deram mostras de progressiva reversão.
Não sou médico e nem desejo tratar ninguém. O que pretendo aqui é, tão somente, fazer um relato autobiográfico da minha experiência, meus estudos e os expedientes que utilizei para controlá-las.
A CAUSA
A origem das doenças autoimunes reside na permeabilidade intestinal. Em virtude de um processo inflamatório, surgem fissuras na parede do tecido intestinal, deixando vazar, para a corrente sanguínea, fragmentos de alimentos não digeridos.
Quando uma substância - que deveria estar dentro do intestino - chega à corrente sanguínea, o sistema imunitário a identifica como um corpo estranho. Imediatamente, produz anticorpos para combater o suposto “intruso”. Se, por azar, a substância tiver os mesmos componentes do cérebro, surgirá um Alzheimer ou um Parkinson. Se seus ingredientes forem semelhantes à pele, então produzirá uma psoríase, e assim por diante. Esse processo se chama “mimetismo celular”.
Assim, visando evitar a inflamação que origina as doenças autoimunes, segui os seguintes procedimentos: a) cortei o glúten da dieta – pois ele é um dos principais alimentos inflamatórios; b) retirei também o leite e derivados, pelo mesmo motivo; c) passei a evitar todos os alimentos industrializados e açucarados, optando por alimentos naturais e orgânicos, preferencialmente crus.
Por outro lado, descobri que algumas frutas, como a jaca, a
banana e a goiaba, tinham um efeito regulador e benéfico para o intestino e, assim, as inseri no meu consumo diário.
Dei-me conta também que o açafrão, que já sabia (pelos conselhos do Dr. Lair Ribeiro) ser o mais potente anti-inflamatório da natureza, obtido a partir do rizoma e ralado, era extremamente poderoso e eficaz contra qualquer inflamação. O acréscimo de um pouco de pimenta do reino ao açafrão aumenta exponencialmente o seu poder curativo.
Finalmente, resolvi ingerir diariamente probióticos (kefir, kombucha, etc.) Eles equilibram a biota intestinal e combatem a permeabilidade intestinal.
O SOL
O Dr. Cícero Coimbra, da UNIFESP, conseguiu curar 95% dos pacientes que apresentavam doenças autoimunes com aplicação de altas doses da chamada Vitamina D3 – que, na verdade é o mais potente hormônio esteroidal do corpo humano. Ele criou o famoso “protocolo Coimbra” – há vários vídeos no YouTube a respeito -, a fim de servir de baliza para os profissionais e pacientes na abordagem dessas patologias.
Assim sendo, tento tomar diariamente, nos horários mais quentes do dia, 20” de banho de sol, ou, quando não consigo fazê-lo, ingiro 10.000 UI de vitamina D3. As melhoras evidenciaram-se desde os primeiros dias.
O CATALISADOR
Além de todos os fatores acima, o que desencadeia a doença autoimune é a presença de um estresse crônico. O estresse contínuo tem um efeito nefasto sobre o funcionamento intestinal, afetando diretamente o sistema imunológico. Desta forma, para um tratamento eficaz, é indispensável aprender a controlar dos pensamentos e emoções.
Como aprender a controlar a própria mente?
Esse é um desafio e tanto para todos nós. Muitos o acham inalcansável. No entanto, por experiência própria – tanto pessoal quanto clínica -, afirmo que isso é plenamente possível. E, inclusive, pode fazer com que você passe a ver o diagnóstico de uma doença autoimune como uma benção e estímulo à promoção de uma mudança radical em seus hábitos e estilo de vida.
Segue abaixo algumas dicas de como aprender a controlar a própria mente:
Primeiro: pratique diariamente meditação. A prática regular da meditação altera a plasticidade cerebral, melhora o sistema imunológico e promove amplas e profundas mudanças na mente e na forma de ver o mundo. (Veja o Post: Como controlar o estresse crônico).
Segundo: aprenda a educar os seus afetos. Isso pode ser obtido através de uma boa terapia ou uma mudança de hábitos.
Terceiro: Permita-se repousar, sair de férias, relaxar, desfrutar momentos de lazer. O ócio pode ser extremamente curativo.
Quarto: Busque o contato com a natureza, seja praticando jardinagem, passeando num bosque, cuidando de um pet, tomando um banho de mar. O contato com a natureza, o simples andar descalço na terra, exerce um poderosíssimo efeito reequilibrador das energias do organismo.
Quinto: evite o estresse desnecessário. Noticiário tóxico, discussões estéreis, excesso de informações. Tudo isso provoca a aceleração dos pensamentos e perturba a paz de espírito.
Em suma: a cura da permeabilidade intestinal, a evitação dos alimentos inflamatórios e os banhos de sol diários (ou o consumo de vitamina D3) são as medidas mais inteligentes e importantes recomendadas pelos melhores especialistas no assunto.
Quem quiser conhecer mais a respeito sugiro a leitura dos livros abaixo:
TOM O’BRYAN – Como Tratar as Doenças Autoimunes. Buzz Editora, 2018
AMY MYERS – Doenças Autoimunes: previna e reverta todo um universo de doenças inflamatórias. Martins Fontes, 2016.
José Ramos Coelho - 16/08/2019

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