sexta-feira, 3 de abril de 2020

A REDE DO MEDO E A CAPTURA DOS INGÊNUOS

Em toda a longa e sombria Idade Média, a estratégia da hierarquia católica para controlar a humanidade consistiu na elevação do medo à categoria de virtude. Virtuoso era o temente a Deus. O temor do fogo dos infernos possibilitava a subjugação e o apascentamento do rebanho dócil dos incautos. Aos rebelados, o suplício em vida nas chamas da fogueira.
Estamos vendo, sob inúmeros aspectos, um retorno apocalíptico ao mundo medieval: a crença no terraplanismo e o desprezo e perseguição aos cientistas; a cooptação do poder político pelo neopentecostalismo e islamismo; o retorno cíclico de pestes terríveis e devastadoras; e uma reciclagem do medo enquanto estratégia de domínio de corpos e mentes.
Com o destronamento da Igreja e a sua substituição pelo Deus Mercado, novamente o medo volta a ser instrumentalizado para atender a poderosos e ocultos interesses comerciais e políticos.
Aterrorizadas, dia após dia, bilhões de pessoas irmanadas participam online do ritual macabro e diário da contagem dos novos mortos. O aumento exponencial do contágio. O avanço inexorável do vírus em todas as direções.
O medo da própria morte – ou das pessoas amadas – vem associado ao lamento: ainda não temos vacina contra esse vírus, mas ela sairá em breve...
Aí é que reside a armadilha - a rede que, ao ser aberta através do pânico generalizado, atrairá os peixinhos incautos para o arrastão.
Perguntinha inocente: porque o Bill Gates migrou da extremamente lucrativa informática, da inteligência artificial para atividades “filantrópicas” ligadas à produção de vacinas?
Sabemos que a nanotecnologia está avançando a passos céleres. E circulam rumores, entre os mais bem informados, de que as próximas vacinas poderão conter dentro de si micro chips através dos quais as pessoas poderão ser monitoradas e terem suas vidas devassadas.
O olho que tudo vê, a onisciência que tudo sabe, estará oculto num invisível micro chip?
Teoria da conspiração? Pesadelo? Ficção científica? As novas vacinas podem se converter em neo algemas hi-tech de controle de corpos e mentes?
Há um cheiro fétido no ar... Quem sobreviver, saberá.
José Ramos Coelho - 03/04/2020

VOCÊ PODE ESCOLHER ENTRE O IOR E O MELHOR


O CORONAVÍRUS E A MORTE DA CULTURA

“Existimos. A que será que se destina?” Nascer, crescer, reproduzir e morrer – esse processo natural da vida só se realiza caso o indivíduo desfrute de uma boa saúde. E o que é a saúde?

Podemos defini-la como a capacidade de manter-se em homeostase de forma autônoma e auto-suficiente. Esta capacidade se recicla e consolida através de situações que a põem à prova. Por exemplo: uma criança criada num ambiente de perfeita assepsia possui um sistema imune extremamente debilitado e vulnerável, pois ele só produz anticorpos na presença de agentes patogênicos que o ameaçam. Um atleta só desenvolve sua performance em treinos que testam os seus limites de força e resistência e o faz superá-los.

De modo semelhante ao ocorrido com o indivíduo, a cultura é também um grande sistema homeostático cuja função é fornecer um suporte simbólico para orientá-lo e dar um sentido à sua existência. A cultura é o que une e integra a sociedade numa totalidade única e auto-regulada.

Conforme teorizamos em “A Morte da Cultura”, ocorreram rupturas ao longo da história humana, as quais conduziram a humanidade a viver numa sociedade que se alimenta da insatisfação e da exploração de seus membros. Essas rupturas produzem um malestar difuso desagregador e desestabilizador do sistema. Vejamos alguns exemplos ilustrativos dessa tese:

- Um jogo virtual, o Baleia Azul, induziu milhares de jovens ao suicídio. Qual a razão de alguém ser atraído a se mutilar ou privar-se de sua própria vida?

- Os pais, no afã de sucesso profissional e “qualidade de vida”, ausentam-se da família e dos filhos, os quais, sentindo-se abandonados, perdem a vontade de viver;

- 30% das mortes ocorridas nos hospitais são decorrentes do próprio tratamento médico (iatrogenia) - o que mostra que a medicina não está a serviço da saúde das pessoas, mas do lucro das indústrias farmacêuticas.

- Enquanto de um lado as indústrias alimentícias adoecem as pessoas, produzindo alimentos processados, açucarados, repletos de aditivos e conservantes, de outro as indústrias farmacêuticas tratam os doentes com medicamentos que não curam e produzem efeitos colaterais, levando-os à dependência e complicações. As primeiras adoecem os indivíduos e as segundas os tratam. Não surpreende que essas duas indústrias tenham vindo a se fundir numa só, visando a maximização dos seus lucros

- Todos os países, dominados seja por governos de direita ou de esquerda, sonham em aumentar o PIB – Produto Interno Bruto. Mas o PIB é apenas a soma aritmética das transações entre humanos. No seu cálculo, não se leva em conta a devastação ambiental que está na base da economia. Assim, embora tenha efeitos catastróficos sobre o PIB, a pandemia de coronavírus também contribui para aumentá-lo, já que as pessoas se verão compelidas a adquirir remédios, vacinas, gastar com médicos, psiquiatras, psicólogos, funerária... Tudo isso é computado como “criação de riqueza”. Ou seja, o PIB é mais um indicador de autodestruição do que de progresso real.

- A eleição do neo nazista Bolsonero, viabilizada pela operação Lava-Jato - que destruiu a infra-estrutura nacional e criminalizou a política - e o impedimento da candidatura de Lula, descumprindo determinação da ONU, teve por símbolo uma arminha, expressão eloqüente de uma elite que odeia o povo e o despreza;

- Nazistas saem às ruas comemorando a pandemia de coronavírus na Alemanha.

Todos esses eventos, embora bem distintos entre si, são expressões claras de rupturas e conflitos. Para entendê-los numa perspectiva mais ampla, convém ter em mente que tudo o que se afirma pela negação do outro cria, pela própria natureza da negação, um desequilíbrio que só terá solução de continuidade pela negação da primeira afirmação e o restabelecimento da harmonia original.

Assim, por exemplo, uma sociedade que se afirma pela destruição do meio ambiente encontrará sustentabilidade pela cessação de sua atividade predatória. O nazismo, sonhando com o III Reich e o domínio imperial do mundo - pregando o extermínio dos gays, ciganos, comunistas e judeus - atraiu contra si uma coalizão de países na Segunda Guerra que o levaram à completa ruína. Pais que priorizam a aquisição de dinheiro em detrimento da convivência com a família gerarão filhos infelizes e (auto)destrutivos. Uma medicina que se coloca a serviço do capital e não da saúde das pessoas se condena ao descrédito e se torna um instrumento da erosão do sistema.

A insatisfação difusa e o malestar da cultura encontram na necropolítica a sua expressão mais acabada e precisa: ela é o escoadouro e corolário das rupturas e contradições existentes no seio da própria sociedade e, ao mesmo tempo, um mecanismo auto-regulatório catastrófico do sistema.

A necropolítica produz, pela sua própria lógica interna, a erosão e morte da cultura.

Nesse contexto conturbado e conflituoso, a pandemia de coronavírus acelerou vertiginosamente esse processo de destruição do sistema e destituiu a necropolítica de suas pretensões apocalípticas. A similaridade da atividade do vírus com os necropolíticos explica a simpatia existente entre eles. A necropolítica foi vencida pela micronecrose.

Estamos às portas do advento de uma pós-cultura.

José Ramos Coelho - 30/03/2020

A PANDEMIA, PASTEUR E BÉCHAMP.



Os filósofos são dados a especulações. Esse é o seu ofício. Assim, enquanto filósofo, permitam-me tecer algumas reflexões sobre as causas primeiras da atual pandemia. Talvez elas sejam vãs. Ou, caso encontre um espírito aberto e suscetível que as acate, talvez enseje uma mudança de visão de mundo, hábitos e comportamentos.
Como pode um bichinho tão minúsculo estar devastando a humanidade de ponta a ponta? Como é possível que um ser tão insignificante colapse as mais poderosas economias, paralise a devastação humana sobre a Natureza, desafie a mais sofisticada tecnologia e ponha em xeque o aparato científico?
Antes de tudo, o que é um vírus?
São seres extremamente pequeninos, cem vezes menores do que uma célula. Nem sequer são considerados seres vivos pela maioria dos biólogos, pois não tem metabolismo, não comem e nem excretam. Só se reproduzem penetrando no corpo de um hospedeiro. Os vírus, os fungos e as bactérias são considerados a causa de todas as doenças que acometem os humanos.
A propósito, no século XIX, ocorreu uma grande polêmica envolvendo dois cientistas: Pasteur e Béchamp. O primeiro, usando o microscópio, descobriu a existência dos germes e sustentou que eles eram a causa de todas as doenças. Béchamp, por sua vez, discordava dessa teoria. Afirmava que a causa das doenças não residia propriamente na ação dos germes, mas sim no terreno biológico. A doença ocorre se o organismo estiver desequilibrado. Um germe não prospera num terreno biológico são.
Assim, por exemplo, A., exposto ao Covid-19, pode não apresentar qualquer sintoma, não sentir nenhum malestar, enquanto B. adoecer gravemente e morrer. Se o vírus é o mesmo, porque ambos não foram contagiados? A resposta é que o campo biológico de A. estava sadio e repeliu o germe, enquanto o de B estava frágil e veio a óbito.
Infelizmente, prevaleceu na medicina a visão de Pasteur. Daí só se falar em vacinas e remédios para combater a pandemia - e muito poucos ensinam como fortalecer o sistema imunológico e aumentar a saúde. Embora falha, a perspectiva de Pasteur foi adotada pela medicina, uma vez que sustenta toda a cadeia produtiva das indústrias químicas e farmacêuticas que lucram com o adoecimento das populações.
Por que ocorrem as pestes? Quais as suas causas geradoras?
Em primeiro lugar, as grandes cidades são estruturas gigantescas e anti-naturais, permitindo a aglomeração de enorme contingente de pessoas em pequenos espaços. O ajuntamento excessivo em áreas reduzidas provoca estresse, conflitos e é o ambiente mais propício para a propagação de uma peste. A intensidade do contágio é proporcional ao adensamento de pessoas em espaços reduzidos.
Em segundo lugar, ao afastar-se do ambiente rural e do contato com a Natureza, os humanos passaram a fugir do sol, a usar protetores solares, películas anti-raios nos veículos e, assim, tornaram-se carentes de vitamina D, o hormônio mais poderoso e que controla grande parte do sistema imune. Se alguém segue à risca o lema de “ficar em casa” e não toma sol, corre o sério risco de ficar mais vulnerável ao vírus.
Em terceiro, a história da alimentação mostra o quanto nos últimos séculos - e, particularmente, nas últimas décadas – os humanos passaram a ingerir alimentos artificiais, processados, açucarados, refinados, repletos de corantes, acidulantes, conservantes, aditivos de todo o tipo, enfim, uma alimentação antinatural debilitante do organismo, predispondo-o às doenças degenerativas e autoimunes, as quais estão se tornando, ao lado do câncer, uma praga em nossa civilização.
Em quarto lugar, as monoculturas de espécimes vegetais em amplos espaços causam enorme desequilíbrio no ecossistema, daí resultando o surgimento de pragas, as quais exigem o uso de agrotóxicos cada vez mais agressivos e danosos para controlá-las. Esses venenos contaminam os animais, os córregos, os rios e oceanos e chegam à mesa dos consumidores, envenenando-os e poluindo o seu organismo, predispondo-os ao câncer e inúmeras outras doenças.
Nas últimas décadas, com a criação dos alimentos transgênicos, a situação se agravou, pois eles não apenas causam câncer como também acabam alterando e contaminando os vegetais não transgênicos pela polinização.e exigindo maior quantidade de venenos.
Em quinto lugar, o uso indiscriminado e exagerado de antibióticos produziu super bactérias, imunes a qualquer tratamento. Um usuário de corticóides ou antibióticos torna-se vulnerável a qualquer germe que o ataque, pois o antibiótico, além de matar o germe causador de uma determinada doença, destrói a biota intestinal de quem o ingere, deprimindo-lhe o sistema imune e predispondo-o a novas infecções. Ao mesmo tempo, a criação intensiva de milhões de animais, em espaços reduzidos e em condições deploráveis, exige a administração de contínuas doses de antibióticos, os quais, igualmente, tendem a produzir novas bactérias e vírus mais resistentes, os quais podem passar dos animais aos seus criadores.
Por fim, a gigantesca máquina de produção-e-consumo que o capitalismo produziu, após a revolução industrial, está dilapidando os ecossistemas naturais, extinguindo irreversivelmente a biodiversidade, poluindo os mares e os ares, causando o efeito estufa – o qual está ocasionando o degelo das calotas polares, tufões, e uma série de catástrofes naturais, abrindo o caminho para o surgimento de novos vírus que podem ser ainda mais devastadores para a humanidade.
Em suma, voltamos ao problema inicial, ou seja, à teoria do campo biológico de Béchamp.
A questão que se coloca é: não seria o coronavírus um emissário do Cosmos, um mensageiro a nos trazer o precioso ensinamento de que a vida que levamos é insustentável e completamente desequilibrada? Que os humanos precisam reformular completamente a sua economia, seus conceitos e comportamentos em busca de uma vida mais frugal, minimalista e natural?
O coronavírus talvez seja o coveiro da velha cultura, a peste da peste civilizacional, e o facilitador do advento de uma pós-cultura.
José Ramos Coelho

O LADO BOM DA PESTE

Caminhamos a passos largos para maior crise de toda a história recente da civilização. Será devastadora para o modo de vida tal como atualmente o conhecemos. Por outro lado, além de seus efeitos nefastos e avassaladores, essa pandemia trás consigo aspectos altamente positivos.
Vamos aos fatos: nas praças, os passarinhos voltaram a desfilar felizes na grama ou saltitar nas palmeiras, livres de pedradas e sem ser importunados. O céu, em todo o planeta, está cada vez mais limpo e azul. À noite, as estrelas brilham com mais nitidez. O ar está consideravelmente mais puro. Nos oceanos e rios, os peixes e mamíferos vivem tranqüilos, sem a ameaça das iscas e redes. Na Amazônia, com o silêncio das motosserras, as árvores ainda poderão, por algum tempo, alimentar os animais silvestres, oxigenar e umedecer o ar. Para a natureza, uma benção a disseminação pandêmica desse vírus. Além de salvar o meio ambiente, este bichinho está devastando o seu maior predador e inimigo: o homem.
Se para a Natureza esta peste é a melhor coisa que poderia ter ocorrido, ela pode igualmente ser extremamente útil à humanidade. Vamos listar alguns de seus inúmeros benefícios potenciais.
O primeiro efeito colateral positivo – e de valor imensurável –, é a contenção das guerras e do ódio. A riqueza dos impérios em grande parte originou-se das guerras e opressão dos povos mais indefesos. Colapsando os impérios, esse bichinho imediatamente paralisa todas as guerras e, por um longo tempo, adia as que iriam acontecer. É impossível avaliar o benefício para a humanidade do fim temporário dos conflitos bélicos.
Ao mesmo tempo, em nível mundial, observava-se a proliferação de ódios, preconceitos de toda a ordem, xenofobia, egoísmo e prepotência de umas pessoas em relação às outras, levando a uns agredir os outros gratuitamente e sem sequer ser provocados. Os disseminadores do ódio, ao serem confinados em seus lares, terão de lidar com seus sentimentos tenebrosos. Se antes atiravam o seu lixo emocional na cara dos outros, agora se verão obrigados a olhar-se no espelho, a reciclar as suas emoções, tendo a rara oportunidade de aprender a superar-se e aprimorar-se. O vírus pode torná-los pessoas mais evoluídas, educadas e gentis. Ou, então, se tornarão agressivos com os seus familiares, filhos ou consigo mesmos. A violência doméstica pode aumentar assustadoramente. Os índices de suicídio podem disparar. A primeira metamorfose da violência será o pânico e, daí, algo pior. Se, porém, houver sabedoria, do pânico pode advir a serenidade e a paz.
A segunda dádiva da peste é a possibilidade extraordinária que nos abre para o autoconhecimento. A vida em sociedade, com o seu excesso de informação, consumo desenfreado, agitação, atividades intermináveis amontoou as pessoas nos centros urbanos e, ao mesmo tempo, desconectou os indivíduos de si mesmos. As pessoas se tornaram meras peças de uma engrenagem gigantesca de produção e consumo. O isolamento forçado e a pausa na produção será uma oportunidade áurea de sermos amigos da pessoa mais importante para as nossas vidas – nós mesmos. Temos que aprender a nos amar e nos cuidar.
O terceiro efeito apoteótico desta peste é demolir os alicerces do neoliberalismo - um sistema político fundado no egoísmo, na livre iniciativa, no interesse individual e no culto da propriedade privada. À exemplo do que aconteceu na França, na Alemanha e no Reino Unido, os políticos neoliberais deram um giro completo em suas políticas para gerenciar a crise, com medidas socializantes e estatizantes, seguindo o exemplo bem sucedido da China. O mundo não será mais o mesmo depois desta pandemia. Impérios estarão arruinados. O tabuleiro da geopolítica mundial será enormemente alterado.
Um outro efeito muito positivo desta pandemia – e que praticamente tem passado despercebido, inclusive nos meios médicos – é a necessidade imperiosa de fortalecimento da imunidade. Só se fala em cada um ficar recluso. Isso é necessário, sem dúvida. Porém estar isolado e ocioso é burrice completa. Alguns, de modo desvairado e suicida, estão correndo para a geladeira e comendo descontroladamente. O que precisamos fazer é dedicar o tempo livre ao fortalecimento da saúde, com musculação, exercícios anaeróbicos e jejum intermitente. Banir os alimentos processados e industrializados, preferindo os alimentos crus e orgânicos. Cortar o leite e o glúten da dieta, já que são altamente inflamatórios, e preferir os alimentos anti-inflamatórios, como o limão, acerola, açaí (puro), açafrão, etc. E não esquecer os banhos diários de sol com pouca roupa, sem protetor, por 15 minutos. Se avexe não: esse bichinho, inexoravelmente, vai nos contaminar. Precisamos estar preparados.
E, por fim, o desafio mais difícil imposto pelo coronavírus: aprender a administrar a ansiedade. Indiscutivelmente, o medo da morte é um dos mais terríveis de todos. Se cedermos ao pânico, estaremos a caminho da morte. Escreveu o famoso médico Avicena: “A imaginação é a metade da doença; a tranqüilidade é a metade do remédio; e a paciência é o primeiro passo para a cura”. O que fazer para contornar o medo? Antes de tudo, é preciso entender que o medo da morte é, na verdade, um sentimento deslocado que encobre o medo de viver. Verifique o que está lhe impedindo de viver plenamente. Em seguida, comece a praticar imediatamente meditação. Comece com cinco minutos, e vá aumentando aos pouco o seu tempo até chegar a 45 minutos. Procure desenvolver a atenção plena em todos os momentos de sua vida. Essa é a melhor maneira de vencermos o pânico, adquirir autodomínio e sermos senhores de nossa mente.
Ver essa peste como uma desgraça ou uma benção é uma questão de perspectiva.
José Ramos Coelho

A PESTE E O PÃNICO



A PESTE E O PÂNICO
Queridos e queridas,
Além de todos os cuidados que devemos ter em relação ao contágio e fortalecimento do sistema imunológico, gostaria de abordar aqui a questão de como preservar a sanidade mental nesses dias difíceis que estão por vir.
Primeiro: em todos os lugares, só se fala de uma coisa: a pandemia. Acredito que já temos informações suficientes acerca de como evitar e se proteger permanecendo em casa recolhido.
Entretanto, quanto mais focamos no problema, mais ele se agiganta e se torna ameaçador. Então a primeira medida é voltar os olhos não para o problema, mas sim para as soluções. Ao invés de lamentar o quanto no passado fomos negligentes com a saúde, refletir naquilo que agora podemos fazer para fortalecê-la. Ao invés de se auto-recriminar pelos erros ou omissões pregressas, arrepender-se, perdoar-se genuinamente e, de forma suave, exercitar a sutil da arte da gentileza para consigo e para com o próximo.
Segundo: o nosso maior aliado para lidar com a solidão neste momento, as redes sociais, pode se converter em nosso pior inimigo. Ficar batendo na mesma tecla ininterruptamente - vírus, vírus, vírus... - causa saturação e, logo depois, enlouquecimento. Portanto, urge sermos austeros e restringir o seu uso ao estritamente necessário, como conversar com os familiares e/ou outras providências básicas e imprescindíveis. E ocupar o tempo com atividades que nos fortaleçam – como e exercícios físicos, meditação, jardinagem, brincar com os filhos e o cachorro, trabalhar, aprender um instrumento musical, fazer artesanato, ajudar o próximo, retomar aquele projeto por tanto tempo postergado, etc.
Terceiro: encarar o recolhimento em casa como uma dádiva e não um castigo. Estivemos por demasiado tempo imersos numa vida frenética e maluca, correndo de um lado para o outro, viciados em estímulos e tarefas, tudo em grande parte para fugirmos de nós mesmos, evitando nos olharmos face a face. Chegou o momento de fazermos um balanço de nossa existência, daquilo que realizamos, aproveitando essa pausa forçada para ampliar o autoconhecimento e mudar aquilo que precisa ser mudado. Sou quem gostaria de ser? O que falta na minha vida para eu me sentir completo e realizado? O que posso fazer agora para alcançar os meus sonhos e objetivos? Agindo assim, o peso da parada involuntária transmutar-se-á em graça merecida.
Quarto: adote alguma prática espiritual. Pratique-a com regularidade e dedicação. Acredita em Orixás, Jesus, Buda, Alláh, Krishna? Escolha um dia e horário fixos ao longo da semana e invoque o seu Deus, embebendo-se de sua energia. Aproveite esse momento de recolhimento para aprender a ser menos egoísta. Não peça proteção para si ou para os seus: seu Deus conhece as suas verdadeiras e autênticas necessidades. Coloque-se a Seu serviço. Aprenda a virtude da humildade e, assim, adquirirá o merecimento de suas bênçãos.
A repetição regular deste culto pessoal criará uma egrégora ao seu redor, uma aura de proteção, atraindo para as nossas vidas boas energias, anjos, guardiões e mentores invisíveis, todos prontos para nos iluminar e guiar os nossos passos.
Agindo assim, seguindo essas pequenas dicas, atrairemos a paz e a serenidade e conseguiremos atravessar as águas turbulentas do pânico e do desespero.
Bom retiro!
José Ramos Coelho

AS ÁRVORES E O CORONAVÍRUS

AS ÁRVORES E O CORONAVÍRUS
🌷
Afaste-se dos homens e aproxime-se das plantas. Elas não lhe ameaçarão.
🍁
Ao invés do medo da morte, cultive a vida. Plante diariamente uma árvore em prol de um amanhã mais promissor.
☘️
Drible o estresse com um banho de natureza. Esses amigos silenciosos e sábios lhe ensinarão a entrar em contemplação e estado meditativo, mudando seu padrão mental.
🍃
Está sem dinheiro ou desempregado? Plante um vegetal. Logo ele lhe fornecerá alimento, frutos, beleza e companhia – para você ou as próximas gerações.
🍂
Troque a depressão e os pensamentos negativos pela esperança de um mundo melhor, tendo consciência de que, ao plantar uma árvore, você está contribuindo para debelar o efeito estufa, melhorar o clima, ajudar a flora e a fauna e ser um instrumento das forças da vida.
🥀
Aprenda a apreciar e conversar com as plantas. Perceberá que elas tem vida e sensibilidade, trazendo equilíbrio energético e harmonia para a sua vida.
🌷🌱🌳
José Ramos Coelho

PARA QUEM DESEJA FAZER A TRAVESSIA DA PANDEMIA EM SEGURANÇA

Toda crise encerra em si as melhores oportunidades para a superação de um decrépito estado de coisas e o surgimento do novo. Esta cepa de coronavírus veio cobrar de nós a fatura de nossa negligência, erros, vícios, insensatez e insensibilidade. Para o bem ou para o mal, a crise que alguns países estão vivendo e aquela que nós viveremos, a partir da próxima semana, será a maior de que se tem notícia.
Diante dela, temos duas alternativas: o pânico, a doença e a morte - ou uma reformulação de nossos valores, hábitos e atitudes, o cuidado consigo e com o outro, a solidariedade e o amor. A escolha é de cada um.
Para aqueles que optarem pela segunda alternativa, segue abaixo algumas dicas que podem ser bastante úteis.
Primeiro: Permaneça em casa.. Restrinja ao mínimo possível o contato com as pessoas. O que não significa ficar ocioso: brinque com os seus filhos, cuide de um pet, faça jardinagem. O melhor antídoto para o medo da morte é aproximar-se das fontes da vida (crianças, animais, plantas).
Segundo: se tiver que sair, faça assepsia constante de suas mãos e, ao chegar, deixe o sapato do lado de fora da casa, seguindo o sábio costume nipônico. Mantenha a distância de pelo menos um metro dos demais a fim de evitar o contágio via gotículas de ar.
Terceiro: fortaleça o seu sistema imune. Se o vírus entrar em seu corpo e você estiver sadio, ele não o afetará – embora você possa transmiti-lo para outras pessoas. Há inúmeras formas de fortalecê-lo. Elas envolvem o cuidado com o corpo e a mente.
A forma mais eficaz de fortalecer o corpo é através de exercícios físicos – musculação, atividades anaeróbicas e, especialmente, exercícios de pranayama para o fortalecimento dos pulmões, o alvo preferencial do vírus na sua fase mais aguda. Uma alimentação antiinflamatória é igualmente importante: evitar o consumo de glúten, leite e derivados, alimentos industrializados e processados, e preferir alimentos crus e frescos, limão com água e açafrão, suco de açaí puro com acerola (sem açúcar), própolis, etc.
O fortalecimento da mente pode ser obtido pela prática diária da medicação e da atenção plena. Pode-se começar praticando 5 minutos até alcançar o ideal de 45 minutos diários. O que mais fragiliza a imunidade é o estresse contínuo, e não há nada melhor para combatê-lo do que a prática regular da meditação.
Finalmente, o recolhimento temporário no lar não deve impedir os banhos diários de sol por pelo menos 15 minutos, com pouca roupa. Quem não puder tomar sol deve ingerir bastante água e 5.000 UI diários da chamada vitamina D3, que na verdade é o hormônio mais poderoso do corpo humano e controla boa parte do sistema imunológico. Quem estiver com 50 a 70 nos seus níveis sanguíneos de vitamina D3 estará otimamente preparado para enfrentar o vírus.
Quarto: estabeleça um limite ao uso pessoal das redes sociais. Usar por longos períodos o celular e o computador prejudica a visão, o corpo e a saúde. Faça pausas e dedique-se a outros afazeres. Quer se informar do que acontece no mundo? Enquanto o celular lhe abarrota de informações, exercite-se, cuide da casa, esteja ativo. A restrição do contato social pode provocar uma explosão de viciados em internet, e cabe a você se auto-impor um limite nessa dependência, antes que seja tarde.
Quinto: procure falar diariamente com as pessoas que lhe são caras. A tecnologia nesse momento pode nos ser muito útil e evitar contágios. Você não sabe como será o dia de amanhã. Fale dos seus sentimentos e procure deixar as mágoas e rusgas para trás.
Sexto: Evite estocar em demasia para si mantimentos e víveres. Os povos paleolíticos só conseguiram sobreviver ajudando-se uns aos outros. Quem era bem sucedido na caçada tratava de dividir a presa com os demais. Pois se, no outro dia, voltasse de mãos vazias, poderia ver sua generosidade retribuída pelos outros. Só sobreviveremos satisfatoriamente ao que virá se formos solidários e nos ajudarmos uns aos outros. Portanto, aproveite essa reclusão para refletir de que forma poderá ser útil a um vizinho, amigo ou à comunidade em geral. Pense nos mais necessitados e nos enfermos. E decida qual será a sua contribuição pessoal nesse momento tão dramático e difícil.
Sétimo: evite a automedicação e os medicamentos que ainda não estão cientificamente aprovados. Eles, ao invés de ajudar, podem causar mais danos que o próprio vírus.
Oitavo: alimente pensamentos positivos e amorosos. Se nos abrirmos para o próximo e exercitarmos o amor e a solidariedade nesta travessia, quando chegarmos ao outro lado e tudo estiver superado, estaremos melhores e mais inteiros - e todos poderão voltar a celebrar a vida novamente, com a consciência do dever cumprido e com muitas histórias para contar.
Aproveitemos esta reclusão para pensarmos acerca de nosso papel e missão nesta existência. Bom proveito!
José Ramos Coelho

QUAL DOENÇA QUE ACOMETE O BRASIL?

O Brasil está vivendo um processo de autofagia. Tudo começou com os protestos populares de 2013, incentivados e amplificados pelos meios hegemônicos de comunicação visando desestabilizar os governos populares, com o apoio sub-reptício de potências estrangeiras, à espreita de nossas riquezas.
A Lava Jato, investindo estrategicamente contra as grandes empresas nacionais e a Petrobrás, em conluio com os EUA, liquidou com a infraestrutura produtiva nacional. Usando o método da justiça seletiva, perseguiu corruptos e inocentes com o objetivo de assumir o poder, criminalizando a política e viabilizando o golpe de estado que destituiu a Dilma e impediu Lula de voltar ao poder, sob os aplausos de uma turba acéfala que pregava a volta da ditadura. Pois só os tolos gostam de ser tutelados. Pessoas conscientes são donas de seu próprio destino e nutrem ojeriza à servidão voluntária.
Com isso, um conluio espúrio de instituições formado pelos poderes judiciário, legislativo, executivo e a grande mídia corporativa, tramando contra a vontade democrática do povo, elegeu um governo neofascista que, rapidamente, iniciou o desmonte de estado e de todas as conquistas sociais. As instituições, sustentadas pelo dinheiro da nação, ao invés de servir ao povo, voltou-se contra ele.
Enquanto diz seguir o lema “o Brasil acima de tudo”, Bolsonaro investe contra a Amazônia, os índios, o meio ambiente, os desfavorecidos, a educação, a cultura, os quirombolas, ou seja, ataca o Brasil profundo, ajoelhando-se diante dos ditames imperiais dos EUA.
A cisão e luta do Brasil das elites contra o Brasil popular guarda uma notável simetria com os mecanismos de uma doença autoimune, onde o sistema imunitário, por um erro de percepção, passa a eleger como inimigos partes do corpo que deveria proteger, dando início a um processo autodestrutivo.
Da mesma forma que há o “avesso, do avesso, do avesso. do avesso”, verifica-se aqui múltiplas simetrias, onde o macro (o Brasil) se reflete no micro (nas pessoas), e a doença nacional, como numa metástase, contagia e se alastra, infiltrando-se nos indivíduos.
Os mais suscetíveis são os mais politizados e empáticos, os quais, ao indignarem-se contra a demolição da nação, são acometidos de um estresse crônico - um dos maiores desencadeadores de uma doença autoimune.
O contágio fica tanto mais fácil quanto a figura paterna tiver sido, na história do indivíduo, fonte de conflito ou revolta. Assim, os traumas ligados ao pai facilmente podem ser transferidos para a figura de um governante repudiado, criando-se então um perigoso elo projetivo. Quanto mais forte o elo, mais intenso o sofrimento e o conflito. Pois “nós não apenas nos amamos nos outros; também nos odiamos neles”.
A cura deste processo patológico individual e coletivo só poderá vir através de um difícil e inadiável exercício de reflexão e autotransformação, para o qual o mantra abaixo poderia servir de estímulo e ponto de partida:
“Que o Bolsonaro que está lá nos ajude a identificar o Bonsonaro que habita em nós, permitindo-nos compreendê-lo, integrá-lo e transmutá-lo em pacífica e edificante (auto)criação”.
José Ramos Coelho – 20 de outubro de 2019

O VÍCIO POLÍTICO


O VÍCIO POLÍTICO
A alienação política é um comportamento extremamente danoso. A renúncia à própria cidadania contribui inevitavelmente, em grau individual, para a opressão coletiva de um povo. O analfabetismo político é, portanto, uma limitação muito perniciosa.
A atitude de neutralidade política, do mesmo modo, é altamente danosa. Pois, como observou o Desmond Tutu, prêmio Nobel da Paz, quem é neutro, diante de uma situação de opressão, optou pelo lado do opressor. Um exemplo disso é a atitude de todos aqueles que, dizendo-se “apolíticos”, não quiseram votar nas eleições e permitiram que o candidato fascista assumisse o poder. Na sua suposta neutralidade, tornaram-se cúmplices da catástrofe que se seguiu.
Por outro lado, no pólo oposto da questão, o engajamento ostensivo com os assuntos políticos pode ter também um efeito bastante deletério. A política é o ópio dos engajados. É o que ocorre no meu próprio caso.
De que forma uma politização acentuada pode ser prejudicial?
Em primeiro lugar, a política é como um jogo: há forças em conflito, cada uma defendendo os seus próprios interesses. Essas forças se fazem representar pelos partidos, os quais, nesta metáfora, seriam como jogadores em contenda.
Qual o objetivo desse jogo? É a vitória dos próprios interesses. Então, uma primeira conclusão a se tirar de tudo isso é que, no fundo, há um desejo de poder que subjaz a todo esse processo, o qual visa a transformação do mundo para atender às próprias demandas e necessidades.
Um viciado em jogos, contudo, sente-se completamente dominado pelo seu vício: respira a política, vive atrás das últimas notícias, gasta horas e horas ouvindo noticiários em busca das últimas novidades...
Eu, por exemplo, sou um terapeuta, filósofo, artista e escritor. Não sou político nem pertenço a nenhum partido político. No fundo, o que alimenta o meu envolvimento nesses assuntos é – percebi a dinâmica claramente – um sentimento de onipotência, uma esperança de contribuir para a transformação do mundo.
Contudo, ao lutar contra o partido adversário, deixo de considerar os meus inimigos internos, minhas fraquezas, defeitos e vícios, tornando-me refém deles e os retroalimentando. Definindo-me como um progressista na política, como um esquerdista, acreditando defender uma causa meritória, na verdade estou sendo um reacionário de minha evolução pessoal, contrariando frontalmente o sábio conselho de Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”.
Além de abortar em mim e desativar o desejo libertário de vencer as minhas próprias fraquezas e defeitos, o jogo político realiza, pela sua própria dinâmica, uma transferência e deslocamento para o outro desses defeitos e mazelas: o partido adversário e seus candidatos são odiosos, degenerados, ignorantes e maus. O outro torna-se uma projeção do meu lado mais sombrio e torpe. Passo, na minha ignorância, a lutar contra mim mesmo no outro, criticando-o e menosprezando-o sem saber que ele está a representar tudo o que não gosto em mim. Sou vítima e algoz de um auto-engano criado por mim mesmo.
Assim, a vida vai passando e eu deixo de me dedicar a tarefas realmente produtivas e úteis – como a prática mais intensiva de meditação, a prática de esportes, o estudo da música, a vida social, a leitura, etc.
E aí voltamos ao dilema inicial: cair na alienação política e ser subjugado, ou engajar-se e alimentar um auto-engano inútil?
A solução do conflito, penso eu, consiste em tentar descobrir e analisar as causas que levaram a esse vício (provavelmente de origem familiar) e procurar adotar a postura da raposa: ficar na espreita, atento aos acontecimentos mas não visceral e viciosamente engajado. Participar das manifestações sempre que possível, exercendo a própria cidadania, mas suprimindo e evitando a busca frenética de informações e as discussões estéreis.
E, sobretudo, ter o discernimento de diferenciar o que está e não está sob o meu controle. Eu posso mudar a situação política do país? Ela está sob o meu controle? Em caso positvo, preciso decidir o que posso fazer a esse respeito e perceber o que, efetivamente, está dentro do meu raio de ação, aprendendo a aceitar o que foge ao meu controle.
Estou preocupado com a situação política do país? Posso fazer alguma coisa a esse respeito, além de aprender a votar bem? Se a minha resposta for “não”, então devo ouvir menos as notícias terríveis dos telejornais, e focar mais a atenção naquelas atividades que efetivamente podem melhorar a minha vida e deixar-me feliz. Se acredito poder fazer algo a esse respeito, então poderia organizar grupos de encontro e conscientização, envolver-me em algum movimento social ou partido político. “Se você tem um problema e pode resolvê-lo, não se preocupe, resolva. Se você tem um problema e não pode resolvê-lo, de que adianta se preocupar?” (Ditado chinês)
José Ramos Coelho – 22 de setembro de 2019.

COMO CUIDAR BEM DO INTESTINO?

COMO CUIDAR BEM DO INTESTINO?
Hoje já se sabe que o intestino é o segundo cérebro, ou seja, nele são produzidos nutrientes e hormônios fundamentais à manutenção da vida. Mais de 80% da serotonina, o hormônio do bem estar, é produzido no seu interior. Toda a saúde começa e termina no intestino. Daí a importância crucial de cuidarmos bem dele.
O Dr. HIROMI SHINYA, autor de “A enzima prodigiosa”, um dos maiores especialistas mundiais em sistema gastrointestinal, sugere a seguinte dieta para se viver com saúde.
O segredo de uma boa digestão reside na qualidade dos alimentos e nas enzimas, as quais possibilitam a digestibilidade.
O cozimento destrói as enzimas. Dar ênfase a alimentos crus, não processados e não refinados.
Antes de tudo, deve-se mastigar de 40 a 70 vezes cada porção de alimento antes de ingeri-la. (Quem faz isso? Eu mastigava umas 10 vezes, e olhe lá...)
A dieta ideal consiste em 85% a 90% de alimentos vegetais e 10 a 15% de alimentos de origem animal.
Os alimentos vegetais devem consistir em 50% de grãos integrais não transgênicos e 35% a 40% de frutas e verduras, preferencialmente orgânicas (sem agrotóxico). Essa dieta é coerente como a estrutura da arcada dentária humana. onde os caninos são em pequeno número.
Dos alimentos animais, recomenda o consumo de peixes.
Evitar leite e produtos lácteos, pois causam dano ao intestino.
Nunca consumir margarina e óleos vegetais de cozinha (hidrogenados).
Se esses conselhos forem seguidos, haverá uma redução drástica na incidência de doenças de todos os tipos, bem como numa melhora considerável dos transtornos mentais de vários matizes – como depressão, ansiedade, déficit de atenção, etc.
José Ramos Coelho – 15 de setembro de 2019.

MEU CORPO ESTÁ INFLAMADO, E DÓI. O que fazer?

MEU CORPO ESTÁ INFLAMADO, E DÓI. O que fazer ao ser acometido de uma “...ite”?
Antes de tudo, é preciso entender o mecanismo que ocasiona a inflamação. Ela, por si só, é algo necessário e útil ao organismo, pois se trata de uma estratégia de reparação de um dano. Não há cicatrização sem inflamação, como não há inflamação sem um dano prévio.
Por outro lado, quando ela se torna muito intensa, pode trazer problemas. Nesse caso, qual o melhor procedimento a ser seguido?
Ouço, com freqüência, histórias de mulheres grávidas que, ao serem acometidas de algum processo inflamatório, se viram no terrível dilema de optar em tomar um corticóide, um analgésico ou um antiinflamatório e colocar em risco a saúde do seu bebê ou arriscar a própria saúde.
É certo que um antibiótico pode salvar vidas. Contudo, é preciso avaliar o custo e os benefícios, pois a sua ingestão pode causar danos prolongados ao intestino, fragilizando por anos o sistema imunológico.
Assim sendo, segue abaixo algumas dicas que costumo seguir quando sou acometido de alguma inflamação.
O QUE SE DEVE EVITAR
A causa mais comum das inflamações são as agressões que acarretamos ao nosso organismo através da alimentação.
Há pessoas que, ao ingerir camarão, têm edema de glote. Então, é preciso que cada um conheça o seu próprio corpo e o efeito dos alimentos em sua saúde. Saber diferenciar os alimentos que nos causam alergia, intolerância e hipersensibilidade alimentar é, portanto, fundamental. E passar a evitá-los.
Contudo, de uma maneira geral, os alimentos mais inflamatórios são os refrigerantes, os alimentos açucarados, o glúten e o leite. Fugir deles é uma atitude amorosa em relação à própria saúde.
O QUE SE PODE FAZER
Numa crise aguda, uma medida extremamente eficaz – e que, ao contrário dos antibióticos, não causa nenhum dano colateral – é submeter-se a uma sessão de biomagnetismo. O uso de ímãs potentes sobre o corpo mata vírus, fungos e bactérias em poucos minutos, de forma indolor e como que por milagre. O meu funcionário estava sem trabalhar há uma semana em função de dois cálculos renais, os quais estavam lhe causando febre intensa, infecção urinária e fortíssimas dores que desciam dos rins para as pernas. Enviei-o para uma sessão de biomagnetismo e, no dia seguinte, ele veio trabalhar, afirmando estar sem febre e com dores bem menores do que no dia anterior. Na terceira sessão – acredite se quiser – ele relatou estar plenamente curado, e as pedras sumiram sem qualquer dor.
Já ouvi muitos relatos de pessoas acometidas de chikungunya que, antes da sessão, mal andavam, e no dia seguinte, acordaram praticamente sem dor...
Outra providência extremamente eficaz – e, usando recursos diferentes, alcançam o mesmo efeito do biomagnetismo – é a cura do limão: ingerir água com limão em jejum, diariamente, aumentando o número de limões até chegar a dez (no décimo dia de tratamento), e depois ir diminuindo o número até voltar a tomar um limão. Eu sofria frequentemente de erisipela e, após ter aprendido essa técnica, há trinta anos não sei mais o que é esse flagelo. O biomagnetismo mata os vírus, fungos e bactérias equilibrando o PH do sangue. Apesar de muito ácido, o limão, por ser a fruta mais alcalinizante do planeta, consegue o mesmo efeito, através de reações químicas no organismo.
Outra medida profilática extremamente eficaz é tomar banhos de sol diários. O sol equilibra o sistema imunológico, fortalece a saúde e deixa a pessoa mais bela e protegida.
Finalmente, o uso contínuo de raiz de açafrão com pimenta preta ou do reino, na proporção de 90% de açafrão para 10% de pimenta, é outra medida bastante recomendável. Pois a curcumina, princípio ativo do açafrão, é o mais potente antiinflamatório conhecido.
Espero que essas dicas lhe sejam úteis.
José Ramos Coelho – 31/08/19

DOENÇAS AUTO-IMUNES: como tratá-las?


DOENÇAS AUTOIMUNES. Qual a melhor forma de revertê-las?
Todos já ouviram falar de Lúpus, Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla, Psoríase, Vitiligo, Alopecia... – a lista completa ultrapassaria uma centena de patologias. Saber-se possuidor de uma dessas enfermidades é, para muitas pessoas, quase a sentença de uma morte anunciada. Isto se deve ao fato de que, na visão da maioria dos médicos convencionais, elas são incuráveis. Esta concepção, no entanto, já está ultrapassada. Há renomados médicos pesquisadores da saúde que comprovaram, com base em tratamentos pioneiros de milhares de pacientes, que elas podem ser reversíveis e, inclusive, curáveis.
Há sete meses constatei estar sofrendo de várias delas e, a partir daí, colhendo informações de várias fontes, pude estabelecer um protocolo pessoal de tratamento. O resultado foi muito promissor e, desde o início, todos os sintomas de que eu padecia deram mostras de progressiva reversão.
Não sou médico e nem desejo tratar ninguém. O que pretendo aqui é, tão somente, fazer um relato autobiográfico da minha experiência, meus estudos e os expedientes que utilizei para controlá-las.
A CAUSA
A origem das doenças autoimunes reside na permeabilidade intestinal. Em virtude de um processo inflamatório, surgem fissuras na parede do tecido intestinal, deixando vazar, para a corrente sanguínea, fragmentos de alimentos não digeridos.
Quando uma substância - que deveria estar dentro do intestino - chega à corrente sanguínea, o sistema imunitário a identifica como um corpo estranho. Imediatamente, produz anticorpos para combater o suposto “intruso”. Se, por azar, a substância tiver os mesmos componentes do cérebro, surgirá um Alzheimer ou um Parkinson. Se seus ingredientes forem semelhantes à pele, então produzirá uma psoríase, e assim por diante. Esse processo se chama “mimetismo celular”.
Assim, visando evitar a inflamação que origina as doenças autoimunes, segui os seguintes procedimentos: a) cortei o glúten da dieta – pois ele é um dos principais alimentos inflamatórios; b) retirei também o leite e derivados, pelo mesmo motivo; c) passei a evitar todos os alimentos industrializados e açucarados, optando por alimentos naturais e orgânicos, preferencialmente crus.
Por outro lado, descobri que algumas frutas, como a jaca, a
banana e a goiaba, tinham um efeito regulador e benéfico para o intestino e, assim, as inseri no meu consumo diário.
Dei-me conta também que o açafrão, que já sabia (pelos conselhos do Dr. Lair Ribeiro) ser o mais potente anti-inflamatório da natureza, obtido a partir do rizoma e ralado, era extremamente poderoso e eficaz contra qualquer inflamação. O acréscimo de um pouco de pimenta do reino ao açafrão aumenta exponencialmente o seu poder curativo.
Finalmente, resolvi ingerir diariamente probióticos (kefir, kombucha, etc.) Eles equilibram a biota intestinal e combatem a permeabilidade intestinal.
O SOL
O Dr. Cícero Coimbra, da UNIFESP, conseguiu curar 95% dos pacientes que apresentavam doenças autoimunes com aplicação de altas doses da chamada Vitamina D3 – que, na verdade é o mais potente hormônio esteroidal do corpo humano. Ele criou o famoso “protocolo Coimbra” – há vários vídeos no YouTube a respeito -, a fim de servir de baliza para os profissionais e pacientes na abordagem dessas patologias.
Assim sendo, tento tomar diariamente, nos horários mais quentes do dia, 20” de banho de sol, ou, quando não consigo fazê-lo, ingiro 10.000 UI de vitamina D3. As melhoras evidenciaram-se desde os primeiros dias.
O CATALISADOR
Além de todos os fatores acima, o que desencadeia a doença autoimune é a presença de um estresse crônico. O estresse contínuo tem um efeito nefasto sobre o funcionamento intestinal, afetando diretamente o sistema imunológico. Desta forma, para um tratamento eficaz, é indispensável aprender a controlar dos pensamentos e emoções.
Como aprender a controlar a própria mente?
Esse é um desafio e tanto para todos nós. Muitos o acham inalcansável. No entanto, por experiência própria – tanto pessoal quanto clínica -, afirmo que isso é plenamente possível. E, inclusive, pode fazer com que você passe a ver o diagnóstico de uma doença autoimune como uma benção e estímulo à promoção de uma mudança radical em seus hábitos e estilo de vida.
Segue abaixo algumas dicas de como aprender a controlar a própria mente:
Primeiro: pratique diariamente meditação. A prática regular da meditação altera a plasticidade cerebral, melhora o sistema imunológico e promove amplas e profundas mudanças na mente e na forma de ver o mundo. (Veja o Post: Como controlar o estresse crônico).
Segundo: aprenda a educar os seus afetos. Isso pode ser obtido através de uma boa terapia ou uma mudança de hábitos.
Terceiro: Permita-se repousar, sair de férias, relaxar, desfrutar momentos de lazer. O ócio pode ser extremamente curativo.
Quarto: Busque o contato com a natureza, seja praticando jardinagem, passeando num bosque, cuidando de um pet, tomando um banho de mar. O contato com a natureza, o simples andar descalço na terra, exerce um poderosíssimo efeito reequilibrador das energias do organismo.
Quinto: evite o estresse desnecessário. Noticiário tóxico, discussões estéreis, excesso de informações. Tudo isso provoca a aceleração dos pensamentos e perturba a paz de espírito.
Em suma: a cura da permeabilidade intestinal, a evitação dos alimentos inflamatórios e os banhos de sol diários (ou o consumo de vitamina D3) são as medidas mais inteligentes e importantes recomendadas pelos melhores especialistas no assunto.
Quem quiser conhecer mais a respeito sugiro a leitura dos livros abaixo:
TOM O’BRYAN – Como Tratar as Doenças Autoimunes. Buzz Editora, 2018
AMY MYERS – Doenças Autoimunes: previna e reverta todo um universo de doenças inflamatórias. Martins Fontes, 2016.
José Ramos Coelho - 16/08/2019

É BOM TER AUTO-ESTIMA?

É BOM TER AUTO-ESTIMA?
Um dos conceitos mais festejados no campo da psicologia é a auto-estima. Todos são unânimes em destacar os seus benefícios, acentuando também os malefícios de sua ausência na vida das pessoas. Até que ponto isso é verdade?
Aqui pretendemos contextualizar essa problemática à luz das tradições sapienciais. E começaremos por esclarecer o conceito. Afinal, em que consiste a auto-estima?
Ela, basicamente, depende de três aspectos: amor de si mesmo, visão de si mesmo e autoconfiança. Analisemos as características de cada um deles.
Amor de si mesmo: Este é o componente mais importante. Amamo-nos por nos sabemos dignos de amor e de respeito, apesar de nossos defeitos e limitações. Esse capital de amor nos permite resistir à adversidade e nos recompor após um fracasso. Depende essencialmente do amor que recebemos da família na infância.
Visão de si mesmo: É o olhar que se lança a si mesmo, a avaliação feita das próprias qualidades e defeitos. As pessoas com baixa auto-estima têm um olhar duro e até cruel sobre si, exagerando os defeitos e minimizando as qualidades. A pessoa com alta auto-estima minimiza os defeitos e é generosa com as qualidades. Devemos esse modo de ver ao nosso círculo familiar e, especialmente, aos projetos que nossos pais idealizaram para nós. Os filhos são encarregados inconscientemente pelos pais de realizar o que eles não conseguiram em suas vidas.
Se eu digo para alguém com baixa auto-estima: “Eu gosto de você”, ele não acreditará ou irá supor que estou tentando iludi-lo por algum motivo oculto. Por outro lado, se eu lhe disser: “Você é uma pessoa desagradável”, o efeito será devastador e ela ficará arrasada. A razão é que esta segunda afirmação coincide com a imagem que ela faz de si mesma.
Autoconfiança: Aplica-se aos nossos atos. Estar confiante é pensar ser capaz de agir de maneira adequada nas situações desafiadoras. A autoconfiança pode parecer menos fundamental que o amor a si mesmo ou a visão de si mesmo, dos quais ela seria uma conseqüência. Em parte isso é verdadeiro, mas seu papel nos parece fundamental na medida em que a auto-estima precisa de atos para se manter ou desenvolver-se: pequenos êxitos no cotidiano são necessários ao nosso equilíbrio psicológico, da mesma forma que a alimentação e o oxigênio são necessários ao nosso equilíbrio corporal. A autoconfiança retroalimenta a visão de si e o amor a si mesmo, e resulta da maneira como fomos educados na escola e na família.
Certamente, uma pessoa com baixa auto-estima se depara com dificuldades bem maiores em sair-se bem na vida. Por não acreditar em sua própria capacidade, muitas vezes perde oportunidades, deixando-se levar pelo medo do fracasso. Muitas vezes deixa até de tentar lutar por um objetivo que para ela é importante, simplesmente por temor de um eventual insucesso. Nos relacionamentos, freqüentemente vive situações abusivas sem reclamar ou pedir ajuda, por julgar merecê-las. E atormenta-se intimamente pelas recriminações que faz a si mesma por qualquer ninharia, esquecendo muitas vezes todas as suas realizações.
Por outro lado, uma pessoa com elevada auto-estima torna-se freqüentemente intragável. Por acreditar muito em si mesma, torna-se arrogante e soberba, achando que sabe mais e é melhor do que os outros. Esse seu comportamento dificulta os relacionamentos, pois ela sente dificuldades em escutar os outros, pois sua opinião é sempre mais importante que a deles. Como sua autoconfiança é exagerada, deixa de ouvir a opinião e conselhos dos outros e é levada a fazer asneiras ou a agir temerariamente. Esse comportamento soberbo, por sinal, não é propriamente o efeito de um amor excessivo de si, mas sim um mecanismo compensatório ao medo de estabelecer vínculos com os outros. Essas características patenteiam o quanto a auto-estima tem ligação direta com o culto do ego.
A FELICIDADE MUNDANA
Vivemos numa sociedade essencialmente ególatra, individualista e narcisista. O capitalismo reinante no sistema econômico, fundado no entrechoque de interesses particulares no livre mercado, é a transposição, ao plano social, do fortuito embate dos egos individuais.
Dispor de auto-estima nesse mundo onde todos concorrem contra todos é, sem dúvida, uma vantagem. No entanto, em função da auto-estima estar centrada no ego, o seu culto nos torna prisioneiros do mundo exterior.
Com efeito, o ego vive atado a apegos e aversões. Tenta aproximar-se daquilo que lhe dá prazer e satisfação, e fugir daquilo que rejeita. Com isso, incomoda-se com aquilo que não gosta, e atormenta-se pela perda ou o temor de lhe escapar aquilo que aprecia.
E como o mundo está em constante movimento, quem está empregado pode vir a ser demitido; quem ama corre o risco de perder o seu amor, seja por abandono ou morte – e esses eventos porem abalar seriamente e minar a auto-estima. Quantas pessoas, aparentemente felizes, entram em profunda depressão pela perda de um ente querido? É certo que a auto-estima, numa certa medida, ajuda a lidar com essas situações traumáticas. Entretanto, por estar ligada às condições do mundo exterior, torna-se vulnerável aos eventos adversos.
A FELICIDADE PERENE
No contexto das tradições sapienciais, cujo ensino é focado no cultivo de valores espirituais, o conceito de auto-estima perde todo o seu sentido. De fato, se a felicidade mundana gira ao redor da primazia do ego, em sua relação com o ambiente e os outros, a felicidade perene descola-se desses valores e prega a subjugação do ego ou, mesmo, a sua eliminação.
Pois o ego não é apenas o cativeiro que nos prende a um mundo transitório e incerto: ele é uma fonte incessante de angústia, incertezas e sofrimento. Sofremos quando nos sentimos sós e sem um amor. E, se temos um amor, nos desesperamos ao pensar em perdê-lo. Se estamos vivos, sabemos que, um dia, a morte virá nos levar. Nada perdura. Tudo passa...
Além do mais, o ego é uma mera construção coletiva, um feixe de lembranças e desejos, atado por um nome. O que constitui o nosso senso de identidade são as lembranças de nossa história pessoal pregressa, e os anseios que alimentamos – tudo girando em torno do nosso nome. O paradoxo da nomeação é que tanto ela nos circunscreve e nos localiza no tecido social, quanto nos isola. O eu (ou o ego) nos opõe aos outros. Caímos num mundo artificial de separatividade. Contudo, o núcleo de verdade do ego, que é a consciência, o transcende.
A construção do ego pode comparada à grilagem de uma área numa terra virgem. Ao chegar num local desabitado, posso erguer uma cerca e decretar: essa terra é minha, ela me pertence. A cerca (como o nome), artificialmente separa e opõe o que está dentro e o que está fora dela. Ela altera a ordem natural das coisas, impedindo o livre trânsito dos seres que habitam no lugar. É um ato de usurpação e colonização.
Da mesma forma, quando identifico a consciência ao ego, cometo um imenso equívoco: da mesma forma que o terreno só existe graças à terra onde se encontra, a consciência é um campo universal que permeia e dá sustentáculo aos múltiplos egos individuais.
Nesta conformidade, o caminho da felicidade perene – na visão das tradições sapienciais – consiste num processo iniciático de libertação da ignorância que nos ata a apegos e aversões, e a busca da verdadeira realidade que está além do ego, que ultrapassa o egoísmo e os interesses mundanos, e nos conduz à bem aventurança, à serenidade e à paz espiritual.
Evidentemente, nessa visão transcendental da felicidade, o conceito de auto-estima perde todo o seu sentido, da mesma forma que um título de posse, obtido através da grilagem de terras, em relação ao equilíbrio ambiental.
Nessa perspectiva mais ampla, o bem-viver tem muito mais a ver com autoconhecimento, amor à verdade, simplicidade, compaixão e serviço.
José Ramos Coelho – 14/08/2019.